terça-feira, 27 de abril de 2010

PINGOS

Ao teu som, água encantada,
Volto meus sentidos
À caverna mais profunda
Do meu e do teu ser.

Do céu vem tocar o chão,
Banhando-nos com bênçãos,
Com carinhos ancestrais.

Purifique-me, água sagrada!
Que vem de reinos distantes
Tocar corpos desavisados,
Retumbando sons cardíacos...
Excitando um espírito cansado.

Salve, água abençoada!
De pingos prateados
Como a Lua!
Teu canto toca o mais
Profundo esconderijo
Do meu coração,
Harmonizando meu corpo
Numa só canção
- a canção dos vivos,
Dos homens filhos dos Deuses.

Uno-me às folhas do meu jardim,
E dançamos na melodia da chuva
- eternizando sua beleza,
Enquanto lavamos nossa alma.

Honda, 25.04.10

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